Em 1922, o cineasta alemão Friedrich Murnau adapta a obra de Bram Stoker – por motivos de direitos autorais – e a lança com o nome de Nosferatu, retomando a imagem do antigo vampiro horripilante e medonho anterior a literatura, para causar um impacto diferenciado.
Lembremos que os recursos da época, tais como película, cores (no caso, preto-e-branco), cenário, e dinâmica de produção influenciavam diretamente a construção da trama, criando os efeitos de impacto psicológicos necessários à caracterização de um filme do gênero Terror que é como geralmente são classificados os filmes sobre vampiros.
Ele se desprendeu do gênero fantástico que incluía narrativas sobre eventos sobrenaturais e passou a designar os filmes em que aparecem vampiros, lobisomens, monstros, possessões demoníacas, etc. Os roteiros deles são baseados e roteiros macabros e aterrorizam pelas maquiagens e efeitos especiais utilizados a partir dos anos 1960.
Bram Stoker criou o mito do vampiro moderno e deu nome a criatura: Conde Drácula, contudo foi Anne Rice que colocou as bases para os vampiros que fazem parte da atual onda de filmes, séries televisivas e livros, eles são jovens, belos e apaixonados.
A literatura e o cinema incorporaram o vampiro ao imaginário moderno, o fascínio exercido por eles tem raízes na sua peculiar habilidade de fugir à morte e driblar o tempo, na maior parte dos casos eles mantêm a juventude e a beleza eternizadas. Seres com incrível capacidade de se adaptar às mais diversas épocas, os vampiros fazem com que nosso interesse se mantenha sempre oscilando entre altos e baixos níveis, mas nunca desaparecendo totalmente.
A possibilidade de ter vida, juventude e beleza eternas é tão sedutora quanto assustadora.
Adaptação livre de texto publicado na Revista Eletrônica O Guari. Clique aqui para ver o texto na íntegra.